Funcionários são obrigados a ficarem de roupas íntimas em filas durante troca de uniforme, diz MPT; Justiça concede liminar

  • 09/08/2025
Assédio moral e assédio sexual: entenda como reconhecer agressões no ambiente de trabalho Durante uma fiscalização realizada em março, o Ministério Público do Trabalho (MPT) constatou que empregados da BRF S.A., em Marau, no Norte do Rio Grande do Sul, eram obrigados a se despir em áreas coletivas e formar filas apenas de roupas íntimas enquanto aguardavam uniformes limpos. A Justiça do Trabalho determinou, em liminar, que a empresa faça mudanças nos vestiários. A empresa declarou que não tinha sido oficialmente comunicada sobre a decisão até a mais recente atualização desta reportagem. (confira, abaixo, a nota na íntegra) 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O MPT constatou que a prática viola a privacidade de mais de 2,9 mil trabalhadores das áreas de abate de aves e industrializados. Além disso, foram registradas outras situações constrangedoras, como a exposição da condição de saúde de uma funcionária que utiliza bolsa de colostomia e o constrangimento de outra colaboradora com cicatrizes cirúrgicas. As condições foram documentadas com fotos autorizadas pelos próprios trabalhadores. O relatório do MPT também aponta que, na tentativa de preservar a privacidade, muitos utilizam roupas por baixo do uniforme. No entanto, essa alternativa não é viável em setores com altas temperaturas, devido ao desconforto térmico. O juiz Vinicius de Paula Löblein determinou que a BRF tem 120 dias para instalar estruturas como cabines ou divisórias que garantam privacidade, além de modificar o processo de entrega e recolhimento dos uniformes, evitando que os funcionários fiquem sem roupa em locais compartilhados. O descumprimento pode acarretar multa de R$ 50 mil por obrigação não atendida e R$ 2 mil por trabalhador afetado. O MPT também solicita uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos, ainda em análise pela Justiça do Trabalho. Segundo o MPT, a prática representa uma conduta institucionalizada que desrespeita a dignidade humana. A BRF já enfrentou denúncias semelhantes em outras unidades, como em Dourados (MS) e Várzea Grande (MT). O que diz a BRF S.A. "A BRF informa que não foi notificada e não possui acesso a detalhes do processo. A companhia reforça que segue a legislação vigente e reitera seu compromisso histórico com a integridade, segurança e saúde de seus colaboradores." VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/08/09/funcionarios-de-empresa-sao-obrigados-a-ficarem-de-roupas-intimas-em-filas-durante-troca-de-uniforme-diz-mpt-justica-concede-liminar.ghtml


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